Oi gente, tudo bem?
Lembro-me da primeira vez que minha filha usou da mentira comigo na clara intenção de fazer o que queria, sem me desagradar ou por temer a minha reação. Ela tinha apenas 3 anos e meio e um belo dia não queria almoçar. Não hesitou e disse: "Mamãe, hoje não preciso almoçar porque eu já comi o almoço na escola."
A mentira sempre dá seus sinais, um cheiro de mentira no ar. Um clima. Mais tarde, naquele dia, quando perguntei como tinha sido mesmo o almoço na escola ainda na intenção de dar a oportunidade da verdade aparecer, ela me disse aos prantos. " Eu não queria comer a comida que tinha em casa e você não ia deixar eu não comer".
Eu me lembro do gelo no peito e o medo imediato que se instalou em mim. Como seria a nossa relação a partir daquele dia? Será que a mentira faria parte?
Quando paramos para observar a mentira podemos aprender algo muito importante. Algo que permitirá a verdade como caminho. Muitas vezes quando a mentira é usada isso acontece por três motivos: Queremos fazer o que queremos, não queremos desagradar o outro com o que queremos e há também o medo da reação do outro. Com as crianças acontece assim também.
Quando a mentira acontecer podemos combinar com aquele que mentiu que dali para frente vamos ouvir o que querem com mais compaixão e consideração, localizando quando ou como será possível considerá-lo. Abertos a necessidade do outro e sem braveza.
Nesse caminho, veremos até as crianças dizendo: Pode cuidar de como vai ouvir o que eu tenho para falar? Aqui em casa isso acontece muito. E eu digo: Cuido sim, pode falar.
É tão extraordinário percebermos a importância da confiança nas nossas relações. E mais extraordinário ainda é construir essa confiança juntos!
Vamos? Com amor, Dani
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