Ferro que afia ferro

Escrito em 20/10/2021
Daniella Faria


Oi gente, tudo bem?

Esse sim é um aprendizado importante. Por aqui às vezes é difícil de compreender, mas quando a compreensão chega dá um alívio. Vamos refletir sobre isso?  Nossas relações, principalmente as mais próximas, funcionam como um grande afiar. Um afiar profundo, muitas vezes dolorido, como de um ferro afiando outro ferro. É na relação familiar onde temos a maior oportunidade de aprendizado, crescimento e trabalho constante em nosso coração falho.

Temos dois caminhos para seguir? Que caminho estamos escolhendo?

Normalmente queremos ter razão, acabamos inflexíveis, queremos que tudo aconteça do nosso jeito, a nossa maneira. E essa postura nos coloca em grande competição com o outro que pretende o mesmo. Inflexíveis, veremos crescer o clima de disputa constante, orgulho crescente e a quebra da relação. Não se sustenta, rompe, nos afastamos. Quando isso acontece, normalmente culpamos o outro, mas não percebemos o quanto nossas posturas também contribuíram para essa situação.

O outro caminho acontece quando entendemos a família como oportunidade de nos afiarmos, aprendermos juntos, ouvirmos, considerarmos, trazermos necessidades, compartilharmos percepções, aceitarmos as diferenças e juntos trabalharmos na direção da consideração de todos. Quando passamos a essa lógica nos tornamos responsáveis por nossas intenções, palavras e ações e não mais nos justificamos no outro por nossas atitudes.

O grande afiar passa pelo quebrantamento de nosso orgulho, quebrantamento de nossas defesas armadas e propõe escuta, humildade, perdão, disponibilidade de conhecer o outro e de se fazer conhecido. Amar neste processo se torna possível porque o cuidado entre nós é algo presente. Flexíveis nos tornamos capazes de ceder, nos tornamos capazes de considerar o outro sem nos abandonarmos, sem contracheque depois.

Como estamos agindo em nossas relações? Constantes disputas ou com escuta? Impondo ou considerando? Quando juntos no mesmo time, veremos o amor crescer e o tanto que somos capazes de realizar juntos. O desgaste com toda a disputa interna não se faz mais necessário. Por onde começar? Queremos sempre que o outro mude primeiro, mas que tal começarmos por nós?

Vamos?

Com amor, Dani

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