"Meu filho só dorme na minha cama"

Escrito em 07/04/2021
Daniella Faria


Oi gente, tudo bem com você? Eu espero que sim!

O sono é realmente um ponto fundamental para mantermos o nosso tanque cheio. Lembro-me das fases mais difíceis e o quanto a falta de sono me afetava profundamente. Com você também aconteceu ou acontece assim?

É natural passarmos por desafios com o sono quando as crianças são pequenas e depois em algumas fases do desenvolvimento. Faz parte no período de amamentação (descanse durante o dia se possível), depois na fase dos medos e pesadelos, nas noites de febre ou retorno de viagens onde todos permanecemos juntos.

As crianças foram feitas para dormir, assim como nós, faz parte, porém, na tentativa de criamos um atalho para esses momentos mais desafiadores com crianças depois do período de amamentação, acabamos trazendo as crianças para a nossa cama. O resultado é que esse atalho passa a ser a rotina e a falta da qualidade de sono também. Desconstruir um hábito para construirmos outro é um processo, é possível, mas trabalhoso.

Normalmente, todos nós temos um disparador de sono. Por aqui me habituei a dormir com um tapa olho. Durante a noite temos vários ciclos de sono profundo e alguns despertares. Nestes pequenos despertares o disparador de sono é utilizado novamente e adormecemos. 

A criança também tem seu ritual para adormecer e o que costuma acontecer é que nós nos tornamos seu disparador de sono. Nosso cabelo, calor do corpo, cotovelo, canto, carinho cafuné, dentre outros. Nos despertares durante a noite o que acontece é que a criança precisa desse mesmo disparador para voltar a dormir. E assim, visita nosso quarto inúmeras vezes. Ou até permanece lá.

O ritual antes do sono pode e deve incluir muito chamego, beijo, oração, risos, histórias e até música, mas tudo isso antes de dormir e não para fazer dormir. Percebe a diferença? Quando eu te faço dormir esse processo está na dependência do adulto e a criança precisará do adulto também durante a noite.

A mudança de hábito acontece dando todo esse chamego antes e permanecendo no quarto, mas não na cama dela até a criança adormecer (no início será difícil). O ponto é curtir bastante, mas depois aguardar o sono chegar numa cadeira ao lado, fora do contato físico que fazia adormecer. Podemos substituir nosso corpo por um bicho de pelúcia ou algum outro objeto acolhedor.

Além disso, podemos depois que a criança adormecer visitar seu quarto, dar beijos e colocar objetos do lado da cama para quantos beijo damos. Eles amam. Acordam e constatam que mesmo dormindo em suas camas estão amados, cuidados e acompanhados.

E claro, em dias de pesadelos ou qualquer outra necessidade podemos sempre acolher as necessidades e acompanhá-los para suas camas. A espera para o adormecer começa a ser menor e a criança, por saber que pode contar conosco caminha na sua autonomia com toda alegria. Afinal ela também dorme melhor.

Lembre-se passaremos por muitos momentos com nossos filhos, inclusive com atalhos, porque nós também estamos aprendendo e fazendo o melhor possível!

Com amor, Dani

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