Será que sou muito rígida?

Escrito em 22/09/2021
Daniella Faria


Oi, amores, tudo bem?

Esta é uma pergunta muito importante. Como podemos localizar a rigidez acontecendo? E qual o custo dela nas nossas relações?

Tenho compartilhado com vocês o quanto todos somos falhos e o quanto esse funcionamento tende a nos colocar no centro do universo. Queremos do nosso jeito, agimos como Deus, compreendemos que o que querermos e o nosso jeito é a única forma das coisas acontecerem. Criamos expectativas e fazemos planos de como tudo vai acontecer e acabamos frustrados e agredindo aqueles que mais amamos. A rigidez tem tudo a ver com isso.

Somos todos falhos e neste funcionamento que acabei de descrever, todos queremos do nosso jeito. O ponto é que somos também diferentes em nossos temperamentos e personalidades e aí é que o plano vai por água abaixo. O outro quer do jeito dele, quer o plano dele tanto quanto eu quero o meu. Já reparou?

Na rigidez ou na inflexibilidade o que acaba acontecendo é que desconsideramos o outro e suas necessidades e normalmente seguimos agindo na direção do que queremos. Rigidez quebra, rompe, a inflexibilidade acaba com o diálogo tão necessário e que tanto nos afina em nossas relações.

O espaço da família é uma das experiências mais extraordinárias para viermos o afiar dos nossos corações, para aprendermos a sair da centralidade da vida. A realidade é que podemos todos os dias fazer o melhor possível, estamos todos aprendendo, todos temos responsabilidades e não temos o controle. A realidade é que o grande desafio de amor que vivemos passa por conseguimos amar e compreender o próximo sem nos abandonarmos. Ou seja, considerarmos as necessidades alheias sem abandonar também as nossas necessidades. Necessidade não é sobre o querer é sobre o que precisamos para cumprirmos o necessário sendo direcionados por bons valores e princípios.

Neste caminho, desafiador, mas muito possível e muito mais feliz nos tornamos flexíveis. O que é flexível se ajeita, se desdobra, cede considerando a todos, tem acordo, escuta, entrega, paciência, paz, amor, boa vontade. No flexível cabe eu e você!

Na postura flexível há consideração de todos e o intuito é esse mesmo. Não há quebra porque no movimento que considera o próximo, deixo de ocupar a centralidade da vida. Neste espaço entre nós que não pertence mais só a mim, se torna possível também perceber o agir do Amor que nos amou primeiro neste grande afinar dos nossos corações e das nossas relações.

Está inflexível e rígido? É possível perceber essa postura pela altíssima exigência que sai da nossa boca em relação as pessoas que mais amamos e pela imensa frustração em nossos corações. Experimente escutar e considerar as necessidades deste outro. Experimente escutar o que você precisa e juntos encontraremos o lugar que considera a ambos. Vamos? Com essa postura será possível perceber o amor chegando e a paz também!

Com amor, Dani

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