Oi amores, tudo bem?
O castigo, o grito, o bater e o "se você"
Podemos até ter a obediência imediata das crianças usando destes recursos de correção, mas obedecem por que motivo? O medo inicial logo dá lugar a resistência e ao enfrentamento já que a criança percebe que sobrevive ao castigo. Veremos o embate e a necessidade do uso de mais intensidade e força por parte dos adultos para a obtenção do mesmo resultado. O propósito destas ações não se encontra na direção do aprendizado, noção de consequência, capacidade de escolha na oportunidade que se apresenta e sim, na direção da punição que traz consigo a exigência do você já deveria saber.
Fora da oportunidade de aprendizado as crianças começam a compreender que o único problema de suas atitudes é seus pais saberem, afinal não estão desenvolvendo a noção de consequência direta e seu foco permanece em evitar que os pais saibam. Nesta postura evitam a bronca, o castigo. A consequência é que acabam fazendo escolhas ruins, mas não se dão conta de seu próprio plantio e colheita.
Neste processo, nós os adultos não nos tornamos espaço de segurança para acertos e erros, porque as crianças compreendem que não podem compartilhar os erros conosco. O foco da criança passa a ser mostrar somente o que imagina que queremos ver e com isso, permanecem sós nas oportunidades de aprendizado trazidas pelos erros.
Quando percebemos o quanto todos nós seguimos diariamente aprendendo e o quanto somos todos falhos, podemos olhar tanto para acertos como erros como oportunidade de aprendizado. Nossa postura começa repleta de compaixão e acolhimento e pode seguir com recursos mais eficientes na direção de convidar a criança ao aprendizado, responsabilidade, noção de consequência e a linda oportunidade de aprender com essa experiência para a próxima oportunidade que terá logo ali. Oportunidade especial de todo dia para entrega o seu melhor possível novamente, agora com mais essas novas informações aprendidas. Com a gente acontece do mesmo jeito, já reparou?
A maior alegria é estarmos juntos e sermos espaço de confiança para nossos filhos que compreendem que o amor não está no mérito ou na performance. O amor já é. E isso só é possível por conta do Amor que nos amou primeiro. Viver nesse amor não nos coloca sempre no acerto, mas nos consola e nos dá sentido para seguirmos aprendendo e nos amando a cada oportunidade.
Com amor, Dani
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