Não tenha medo de corrigir seus filhos

Escrito em 12/05/2021
Daniella Faria


Oi gente, tudo bem?

Gosto muito de refletir sobre dois pontos para então falarmos diretamente sobre a aplicação de limites em nossos filhos.

O primeiro diz respeito ao propósito da educação, ao nosso propósito como educadores e pais. É muito comum deixarmos de colocar limites necessários quando temos o propósito do bem estar imediato e conforto dos nossos filhos. No bem estar imediato olhamos o desconforto ou mesmo a dor como algo que não deveria estar acontecendo, tentamos evitar esses momentos até para nos protegermos da dor de vê-los doer.  Na verdade, esses momentos desconfortáveis trazem uma riquíssima experiência para a oportunidade do aprender. Quando nosso foco está em evitar o desconforto nos perdemos do propósito de um bem maior construído com responsabilidade, aprendizado, desconforto e esforço. Caímos na armadilha de gerarmos felicidade, uma felicidade artificial, mimamos e acabamos por fragilizar nossos filhos para a vida.

Qual tem sido o nosso propósito? Imediato bem estar ou a construção para a vida?

A segunda questão diz respeito a conhecer o funcionamento do nosso próprio coração e o das crianças também. Quando compreendemos que queremos agora e do nosso jeito e nossos filhos também, poderemos ver a orientação e o limite como o convite para a saída desse lugar. A vida não acontece na direção da realização de nossas expectativas e sim, no aprendizado tão importante que não será somente como queremos. Sempre há o espaço do que também precisa ser feito, além da relação com o outro que também precisa estar considerado.

Com estes pontos, podemos olhar novamente para os limites compreendendo o grande direcionamento que propõem e sua importância. São margem do rio, norte, direção. Caminhando com as crianças por esse caminho educamos para um bem maior, para o aprendizado, desenvolvimento de bons princípios e recursos para viverem a realidade da vida. E a tal liberdade? Esse caminho tem como propósito a conquista da liberdade tão desejada, mas essa é consequência da responsabilidade ao caminhar. Nesse sentido a liberdade jamais caminha sozinha sem a presença da responsabilidade. 

Com isso, o convite que faço a todos nós é para que sempre estejamos atentos ao propósito e a consciência de nosso funcionamento. Depois disso, sempre podemos cuidar de como os limites serão colocados. Com explosão de quem também está frustrado por não estar vivendo o que quer ou com acolhimento e convite a responsabilidade de quem conhece muito bem esse lugar? Vamos? Esse caminho acontece agora, com um passo de cada vez, devagarinho com atenção e com perdão quando necessário. Estamos todos aprendendo.

Vamos?!

Com amor, Dani

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