Não rotule as crianças

Escrito em 29/04/2021
Daniella Faria


Oi gente, tudo bem?

Temos tanta necessidade de controle ou mesmo de saber o que está acontecendo que acabamos caindo numa armadilha muito comum.

Rotulamos, nomeamos e buscamos saber o “problema” para então buscarmos solução, mas será que nesse lugar estamos nos relacionando com as crianças? Às vezes não. Acabamos por muitas vezes, nos relacionando mais com a dificuldade do que com as crianças em si. É importante nos lembrarmos que faz parte do aprender lidar com dificuldades e desafios.

Descobrirmos o desafio que se apresenta é importante e a necessidade que o acompanha também. Os comportamentos comunicam necessidades, dificuldades, comunicam também frustrações e apresentam a oportunidade de todos nós aprendermos que nem tudo será como queremos. Com as crianças também.

Todo esse processo faz parte da vida e caminhar nesse aprendizado é importante no ganho de maturidade, flexibilidade, autonomia, capacidade de se relacionar e responsabilidade.

 Nos rótulos interrompemos o movimento de aprendizado e nossa conversa também. Fechamos, concluímos, prendemos, julgamos.

Às vezes rotulamos para nos acalmarmos desse lugar de tanta vulnerabilidade que vivemos no processo de educação. É verdade, estamos aprendendo a cada dia e muitas vezes, vivemos o “não sei o que fazer”, ou mesmo “o não sei o que está acontecendo”. Tudo bem, também estamos aprendendo. Esse lugar tem uma linda oportunidade porque nos coloca mais atentos e abertos a escutar, a conhecer, já reparou?

Quando encontramos o outro em um momento difícil, antes de mais nada pergunte-se: Eu também passo por isso? Quando reconheço esses processos também em mim, posso olhar para o outro com compaixão e com disponibilidade para lidarmos com a realidade e aprendermos na oportunidade que se apresenta. Assim, juntos e acolhidos o aprendizado pode chegar.

Com amor, Dani

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