Oi gente, tudo bem?

Hoje vamos seguir no desafio de cuidarmos da nossa comunicação de uma forma melhor. Para isso, gostaria de convidar a todos nós para olharmos para duas posturas muito comuns. Na comunicação com o outro normalmente tiramos conclusões e julgamos. 

Essa é uma postura muito comum depois de tomarmos como pessoal as situações a nossa volta. Alguém comunica algo de um jeito ruim, tomamos como pessoal e concluímos que essa pessoa não gosta de nós, ou não nos respeita, ou não nos considera, etc... Julgamos e generalizamos. E acabamos por deixar o outro sem saída nesse espaço de crítica. Normalmente depois desse processo em nós, agredimos com palavras, com os próprios julgamentos, ou mesmo com o silêncio.

Para não cairmos nessa armadilha podemos usar a ferramenta de checagem. Podemos sempre checar com o outro se a nossa percepção a respeito da atitude dele na relação entre nós está de acordo com o que estamos percebendo ou não. Podemos fazer isso antes de concluirmos que o que estamos julgando é o que está de fato, acontecendo.

Nesse exercício, perceberemos as conclusões e julgamentos que fazemos e o quanto as atitudes do outro na maioria das vezes contam mais sobre o outro e o momento que está sendo vivido por ele.

A maioria das vezes não é sobre nós. Essa postura do outro normalmente conta das expectativas frustradas e da resposta do outro frente a isso. Se for difícil perceber repare o quanto você também passa por isso. Expectativa, frustração, exigência para que o outro seja como queremos e acabamos desconsiderando na expressão de toda a nossa frustração, mas tudo isso diz respeito a esse processo dentro da gente.

Esse desafio, tão comum a todos nós, está em buscar esse espaço para que possamos sair da resposta automática reativa e para que possamos escolher como comunicar o desconforto e nossas necessidades sem violência. Ou seja, sempre há o espaço de como vou lidar com esse estímulo que estou recebendo.  Esse é nosso aprendizado de todo dia, pelo menos por aqui tem sido assim. E quando não conseguimos o perdão é sempre um lindo caminho de reconciliação. O Outro também está vivendo o mesmo desafio.

Marshall Rosenberg fala algo extraordinário em seu livro quando menciona o quanto tudo a nossa volta é estímulo e do quanto somos nós os responsáveis em como responderemos a eles. Reativos, estamos sendo dirigidos pelas atitudes alheias, ativos estamos escolhendo como agir frente a esses estímulos. Os estímulos são muitos, mas o desafio está posto, buscarmos agir com responsabilidade e respeito com as minhas atitudes. Esse é o aprendizado de todos nós, das crianças também.

Vamos? Me conte, você percebe as conclusões e julgamentos acontecendo? Como se sente quando julga ou quando é julgado? Amanhã tem mais. Falaremos sobre como podemos comunicar então os nossos desconfortos tão reais.

Com amor, Dani

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